Importância do Desenho Assistido por computador (CAD) – Visão de Futuro
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Importância do Desenho Assistido por computador (CAD) – Visão de Futuro

Resumo

Este artigo tem como tema a Importância do Desenho Assistido por Computador (CAD), apresentando uma visão futura de como uma ferramenta de trabalho com décadas de existência que Este artigo tem como tema a Importância do Desenho Assistido por Computador (CAD). Apresenta uma visão futura de como uma ferramenta de trabalho com décadas de existência mantém lugar de destaque num panorama de soluções digitais afetas ao desenho técnico e com aplicação em múltiplas áreas de atividade.

O objeto de investigação encontra-se alicerçado na experiência prática do trabalho diário e visão histórica de consultadoria. Baseia-se ainda em dados estatísticos publicados em revistas da especialidade e em estudos de opinião protagonizados por conceituados profissionais internacionais da área.

Estas principais referências são utilizadas para problematizar as implicações de tomada de decisão, quer ao nível pessoal e profissional de quem desenvolve projetos. Também são relevantes para as empresas que necessitam de uma base de previsibilidade para assumir os riscos do investimento. Os resultados comprovam que o constante aprimoramento por parte da empresa Autodesk, responsável por este software, significa que este produto vai continuar a ser uma componente basilar e proveitosa na formação profissional de colaboradores. Será igualmente uma ferramenta base de escolha para as empresas.

Palavras-chave: AutoCAD. Desenho digital. Autodesk.

1. Introdução

A Importância do Desenho Assistido por Computador (CAD) é cada vez mais evidente num mundo em transformação digital acelerada. Atualmente trabalho sobretudo na área da formação profissional ligado ao desenho técnico, nas áreas da metalomecânica e arquitetura, bem como à divulgação dos produtos Autodesk.

Pontualmente como consultor freelancer, dou apoio específico em projetos de gabinetes na área da construção civil. Quando comecei há sensivelmente 35 anos, a realidade era muito diferente. Trabalhei como desenhador, projetista, gestor de projeto, quer em pequenos trabalhos quer integrado em equipas de maior dimensão. Estou familiarizado com o uso do AutoCAD e gosto do programa.

O programa surgiu em 1982. A minha primeira exposição apenas se deu no início da década de 90 do século passado, na transição entre o declínio dos estiradores e o desenvolvimento acelerado dos computadores pessoais. Foi também o período de mudança do MS-DOS para Windows e das longas horas exposto aos monitores com filtro, que ajudava mas não era suficiente. Versões 11 e 12 foram o início. A 13 marcou evolução, mas foi sobretudo a 14 que serviu de alicerce, normalizando a utilização do programa e ajudando sem dúvida a vencer a concorrência. Depois veio a mudança para melhor com o início da década de 2000, com versões anuais que se prolongam até à atualidade. Sempre a aperfeiçoar, sempre relevante, sempre útil e a adaptar-se a uma realidade em constante mudança.

1.1. O Futuro do CAD

A questão que agora se coloca é o futuro, como é que vai ser, por quanto tempo?

A realidade é cada vez mais 3D em todas as áreas de atividade, quer seja por questões de visualização, impressoras 3D, orçamentação, BIM e outros motivos. O AutoCAD faz 3D e é uma mais-valia para que já possui conhecimentos base. Pode estabelecer uma ligação de base de apoio com o BIM (Building Information Modeling), mas se é esse o objetivo, é necessário investir em softwares nativos como é o caso do Autodesk® Revit®, mais avançado e que cada vez mais penetra nos gabinetes ligados à construção. Ou o Autodesk® Inventor® para o caso da metalomecânica.

Estes produtos possuem propriedades fantásticas, mas no fim tudo se resume aos desenhos 2D. O mundo sem papel ainda está distante, não se deslumbra ainda para quando será uma realidade.

Pelo que, apesar das mudanças, muitas empresas mantêm a ligação ao AutoCAD. A sua grande funcionalidade continua a ser a rapidez e a eficiência na produção de desenhos 2D.
As empresas que já investiram muito dinheiro e treino necessitam de refazer procedimentos para efetuar mudanças. Pela observação, constata-se que simplesmente não acontece ou que o processo é lento e gradual.

2. Resultados e Discussão

Apesar na sua maioria a norte, a realidade nacional ser de pequenas e médias empresas, numa semana de trabalho normal lida-se com consultores, clientes, subcontratações e nas interações em que o AutoCAD é o software dominante. Exemplos na indústria AEC podemos incluir:

– Arquitetos;
– Design de interiores;
– Engenheiros mecânicos;
– Engenheiros eletrotécnicos;
– Engenheiros civil;
– Imobiliárias;
– Etc.

Muitas e diferentes necessidades de projeto, o AutoCAD consegue dar resposta de forma flexível e com eficácia. Ao conforto com que os utilizadores usam o programa, acrescem o ir experimentando novas ferramentas e potencialidades que vão surgindo e ainda não se domina. Há várias formas de ultrapassar obstáculos e esta é uma razão muito forte pela qual se continua a utilizar este programa.

2.1. O Mercado do CAD

Existem outros produtos da concorrência, mas claramente o AutoCAD predomina no mercado do mundo CAD. As diferenças de custo, interface similar e objetivos de trabalho poderão pesar no momento da decisão, apesar da versão do formato nativo DWG ser transversal às diversas soluções. No entanto se a perspetiva ultrapassa uma utilização simples e o objetivo é trabalhar com verticais como Civil3D, Map3D, Mechanical, Architecture, Electrical, MEP, Plant3D, Raster Design, Advance Steel, nesse caso a escolha obvia é optar pelo AutoCAD.

Previsão-da-evolução-do-mercado-CAD
Fig.1 – Previsão da evolução do mercado CAD

O tamanho do mercado global de software CAD foi de 5,42 bilhões de dólares em 2024, e é esperado que suba para 5,75 bilhões de dólares em 2025. É previsível que alcance 9,35 bilhões de dólares até 2033.

No mercado, os softwares CAD desempenham uma função vital nas indústrias como a de produção, construção, indústria automóvel e aeroespacial, ao possibilitar o design, modelação e simulação precisos de produtos e sistemas. Abrangem ferramentas de desenho 2D e de modelação 3D que aumentam a produtividade, reduzem erros de design e aceleram os ciclos de desenvolvimento de produtos. Os avanços tecnológicos são de extrema importância porque agem de forma impulsionadora neste mercado, é o caso das plataformas baseadas na nuvem, integração de inteligência artificial e características de colaboração aprimoradas.

3. Conclusão

A menos que algo substancial aconteça que impulsione as empresas a migrarem para outras realidades, justificando desta forma treino adicional e custos em hardware — por exemplo, imposições governamentais ou da Indústria 4.0 — o AutoCAD continuará a produzir desenhos para diferentes especialidades. Fá-lo-á com um mínimo de curva de aprendizagem.

Expetativas geracionais irão moldar o futuro dos softwares. Esta depende também das plataformas de multimídia, dos jogos e dos ambientes imersivos. Avanços nestas áreas terão como consequência um peso significativo num contexto de capacidades relacionais.

Pelo exposto, a continuidade é assegurada. Há uma enorme base de clientes e utilizadores que, no dia a dia, necessita de realizar operações standard para muitos projetos e produtos. Apesar da evolução e adição de valor de outros softwares, o AutoCAD seguirá o seu caminho. Seguirá quer da forma tradicional, quer como apoio e integrado em contextos abrangentes.

A formação contínua em CAD é um fator decisivo para garantir competitividade e adaptação tecnológica, alinhando-se com abordagens de capacitação prática como a Formação-Ação – O que é e quais as suas vantagens?.

4. Referências

https://investors.autodesk.com/financials/annual-reports  Fiscal Year 2025.

Acesso a: 10/08/2025.

https://www.businessresearchinsights.com/market-reports/cad-software-market-119954

Acesso a: 10/08/2025.

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